domingo, 2 de abril de 2017

Como Pode?


Por Suzy Siqueira Costa


Muito se fala em inclusão principalmente nestes dias voltados para alguma deficiência, como foi o dia 21 de março (dia Internacional da Síndrome de Down, e dia Internacional contra a Discriminação racial, como hoje dia 02 de Abril (dia Mundial de Conscientização do autismo), ficando evidente que muitos usam as mídias ou redes sociais para povoarem com frases e imagens pertinentes a estas causas, mas inclusão exige ações concretas e vai muito além do figurativo.

Meus temas favoritos teologia e inclusão, então o momento é oportuno para tentarmos enxergar como temos tratado esta temática como igreja. Portanto, espero veementemente que este texto seja uma fonte de reflexão de como os cristãos são omissos  a causa inclusiva. Como podem manter um discurso dúbio, pois pregam amor, fraternidade e igualdade, e onde não vemos ações concretas que deem sustentação a sua retórica.

Visto que, primeiro precisamos visualizar e tirar o lixo do nosso quintal, antes que o do vizinho. Como cristã protestante (pois tenho dispensado o termo evangélica, porque não sou consumidora gospel, e nem adepta da teologia da prosperidade, oriundo do neopentecostalismo, que por sua vez é mergulhada de práticas pagãs) bem mais isto agora não vem ao caso, de denominação Batista irei fazer uma descrição do que tenho visto e vivido relacionados a inclusão em nossas igrejas.

Vale salientar que o grito preeminente dos líderes atuais de nosso arraial, não está aquém de outros arraiais, onde a frase de destaque e que denota todo brio, é: "fizemos uma campanha e, terminamos a reforma do...", "climatizamos o templo...",  entre outas, iniciando ou finalizando com: " -nossa igreja está uma bençãooooo".
Querido líder! Explique a sua igreja a reforma necessária, urgente e precisa, que é ser uma igreja adaptada para pessoas com deficiência (rampas e escadas com corrimão, banheiros adaptados, pisos táteis, braille, libras, etc). Sei que serão precisos em responder que tais adaptações são utópicas por seu alto custo, então porque não a fazem a longo prazo, ou seja por partes como costumam fazer em outras obras.

Hoje domingo dia Senhor, onde muitos irão celebrar a ceia do Senhor, como pode a igreja se reunir sem ao menos parar para refletir que enquanto alguns tem acesso ao ajuntamento, meninos adolescentes e jovens, estão enclausurados em casa sem poderem adentrar ao templo. Como pode a Igreja do Senhor Jesus Cristo na Escola Bíblica não está mesclada de pessoas com deficiências físicas, intelectuais e mentais? Por quê? Se todos temos deficiências, mas aquelas ditas "normais",  dentro de um padrão estabelecido por outros seres imperfeitos e também deficientes, são aceitas, mas graças que este termo normal a cada dia mais e mais cai em desuso.

Como pode a igreja só pensar em bem estar, em conforto, em se divertir com cultos voltados para animar o gosto do freguês, com pregações com mais psicologia do que teologia, com músicas gospel mais mundanas do que as seculares, com suas letras voltadas para o eu e para o emocional, onde seria mais propicio ler Augusto Cury e Paulo Coelho (por favor não caiam neste mau gosto), onde se for para me emocionar e entreter Djavan e Caetano Veloso, os shopping center , teatros, e clubes fazem este papel bem melhor que a igreja. Desde a igreja de Atos dos Apóstolos, a verdadeira igreja nunca esteve confortável ou alheia as injustiças sociais por todos estes séculos.

Como pode a ida ao templo ser para satisfação e comoção, e não ser para adoração e conhecimento, para que depois saia a evangelizar, e assim quaisquer que seja a condição física ou intelectual de qualquer ser humano, ela a igreja (tanto estrutura física e como corpo) esteja apta em amor no conhecimento  de Deus, para receber a todos.

Dedico este desabafo a você meu irmão amado Sammy... também a Tiago, Andreyson, Hugo, Rafael, e a todos os demais que por algum modo foram, são, ou ainda serão excluídos...


"Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares..." 
(Salmos 46:1-2) 



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Lidando de Forma Bíblica Com a Homossexualidade


A Bíblia revela que o sexo foi criado por Deus e é bom. Foi ideia dele. Logo as primeiras palavras de Deus registradas e dirigidas à humanidade encapsulam os ensinamentos da Bíblia sobre o sexo: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra” (Gênesis 1.28). Este mandamento positivo demonstra que o sexo foi designado para glorificar a Deus, fortalecer o vínculo entre marido e mulher, ser experimentado exclusivamente entre um homem e uma mulher no relacionamento conjugal e propagar a raça humana.

Neste lado da queda, o sexo e a sexualidade são distorcidos em graus menores ou maiores. No entanto, hoje existe a controvérsia intensa sobre a homossexualidade nos círculos evangélicos e, cada vez mais, nas igrejas reformadas também. Não somente a homossexualidade é frequentemente apresentada como boa, mas também é apresentada como algo a ser buscado com a bênção de Deus. É alarmante que a aceitação do comportamento homossexual entre evangélicos professos esteja aumentando. Nós ouvimos de algumas pessoas que o tipo de relações homossexuais que vemos hoje (amorosas, monogâmicas) não são abordadas nas Escrituras. Embora essa tendência pareça continuar, essas visões revisionistas devem ser rejeitadas pelos seguidores de Jesus Cristo.

A Palavra de Deus é firme em sua visão negativa da homossexualidade e do desejo sexual pelo mesmo sexo. A Bíblia é o padrão infalível pelo qual devemos ver a homossexualidade e entender o remédio do evangelho para isso. Infelizmente, a confiabilidade da Bíblia nessa área tem sido questionada atualmente por muitos que reivindicam a fé cristã. Os cristãos que veem a Escritura como autoritativa e inspirada não devem aceitar esta visão diluída da Palavra de Deus. A Bíblia revela a posição de Deus a respeito dos problemas do coração humano, sendo a homossexualidade um dentre muitos.

Como os cristãos devem pensar sobre a homossexualidade? Nós precisamos compreendê-la de três maneiras. Primeiramente, a homossexualidade nas Escrituras é sempre mencionada em termos de uma ação, algo feito fisicamente com outra pessoa ou um padrão de pensamento interno e ativo da mente e do coração. A palavra grega mais usada para descrever a homossexualidade no Novo Testamento é arsenokoitēs, que se refere a um homem deitado com outro homem. Portanto, sempre que é mencionada, é sempre definida em termos de uma atividade, um comportamento ou uma pessoa que se envolve nesse comportamento do coração e corpo.

Em segundo lugar, a homossexualidade é chamada de pecado em todas as passagens onde é mencionada. É proibida e é expressamente considerada como contrária à vontade de Deus. As Escrituras afirmam isso claramente em Gênesis 19.4-9; Levítico 18.22, 20.13; 1Timóteo 1.9-10 e Judas 7. Romanos 1.24-27 também descreve a atividade da paixão e da luxúria centradas no coração, bem como o comportamento. Isto se refere a homens e mulheres. O comportamento é listado em 1Coríntios 6.9-11, onde também aprendemos que esta foi a história de alguns cristãos na igreja primitiva. Entre os que tinham experimentado a salvação havia ex-praticantes da homossexualidade.

Portanto, não só o comportamento homossexual do corpo e do coração é definido como pecado, mas também é retratado como consequência e efeito da queda. Referindo-se à realidade do sexo ilícito, Levítico 18.6-19 lista mais de uma dúzia de formas de pecado sexual, incluindo a homossexualidade e o sexo com animais. Novamente, a gravidade do pecado sexual, particularmente da homossexualidade, é fortemente declarada em Romanos 1.24-26, usando frases vívidas e terríveis como “concupiscências de seu próprio coração”, “paixões infames” e ter uma “disposição mental reprovável”. Isso em adição aos versículos em Judas que falam de “transformar em libertinagem a graça de nosso Deus” e de pessoas que “havendo-se entregado à prostituição… seguindo após outra carne”. Esta última designação está especificamente ligada ao que aconteceu em Sodoma e Gomorra.

Mas, Deus realmente deve comunicar que o mau uso do sexo nas formas acima mencionadas (e, por inferência, os desejos que levam a esse mau uso) é proibido e considerado como pecado? É claro. Nossos desejos, especialmente os nossos desejos sexuais, nunca são neutros. Ver o desejo pelo mesmo sexo como neutro, especialmente quando esse desejo objetifica a outra pessoa sexualmente ou vê a pessoa meramente como um objeto de paixão sexual, é entender mal a profundidade e a complexidade do pecado. Na Escritura, o coração é muitas vezes visto como o centro dos nossos desejos. Em Marcos 7.21, Jesus descreve o coração como o centro de toda imoralidade sexual e sensualidade. Essas inclinações são retratadas como coisas vis que vêm do interior. Ele está falando sobre desejo, seja o objeto desse desejo alguém do sexo oposto ou do mesmo sexo. Tiago 1.14-15 nos diz que somos atraídos e seduzidos por nossos desejos e que o desejo dá à luz o pecado. O desejo não é uma parte neutra do nosso ser, mas uma parte muito ativa dele.

Certamente essas perspectivas da Escritura são amplamente rejeitadas. Há um fator essencial na tentativa de legitimar a homossexualidade biblicamente. Em termos simples, na cultura de hoje, nossa sociologia está cada vez mais interpretando, definindo e determinando a nossa teologia. O que quero dizer com isso? Houve um tempo em que os crentes rotineiramente olhavam para a Bíblia, tanto para saber como pensar sobre as questões da vida quanto para encontrar soluções para os dilemas que enfrentavam, incluindo questões relacionadas ao sexo e à sexualidade. Isso não é mais assim. Hoje, o impacto e a influência da rede social de alguém e da experiência com amigos e familiares substituíram o que a Bíblia poderia dizer sobre esse assunto. Outro termo para entender esta transferência de autoridade e credibilidade para longe da Palavra de Deus em direção à experiência pessoal é a acomodação cultural. Hoje, parece que muitas pessoas acreditam que as Escrituras devem se curvar às nossas experiências ou às dos outros.

Devemos também notar que a homossexualidade nunca é descrita na Escritura como uma condição ou estado de existência. Ao contrário da ideia moderna de uma “orientação” homossexual inata — um termo usado frequentemente nos últimos vinte e cinco anos ou mais — esse conceito não é encontrado na Escritura. É assumido na Bíblia que podemos nos tornar inclinados ou “orientados” para qualquer coisa a que continuamente entregamos as nossas mentes e corações. Faça algo em pensamento ou em ação muitas vezes e por um período bastante longo, e isso se tornará enraizado em nós.

Contudo, precisamos ter cuidado com o pensamento simplista aqui, especialmente quando refletimos em nossa responsabilidade — algo que muitos não acreditam que têm quando se trata dos seus desejos pelo mesmo sexo ou do seu comportamento. Nós somos o produto das interações complexas de muitos fatores durante muitos anos. Por que alguns são propensos a qualquer número de persuasões psicossociais, incluindo ira, depressão ou dependência química? Eis a resposta: nem sempre escolhemos as nossas lutas ou tentações, embora assumamos a responsabilidade pelo que fazemos com elas. Elas se desenvolvem em nós através de uma interação complexa de temperamento, influências internas e externas, e de nossos próprios eus desejosos, arruinados e pecaminosos.
Nós facilmente e por natureza cooperamos com essas influências de modo que os hábitos do coração e o comportamento se tornem fortes e dominantes. Em certo sentido, somos a soma de milhares de pequenas decisões que tomamos. Nós temos cooperado com os nossos desejos cultivados. Assim, apesar dos fatores externos que podem ter estado envolvidos no desenvolvimento daquelas tentações que achamos particularmente atraentes, ainda assim somos responsáveis ​​por ter vidas piedosas, inclusive na área da sexualidade.

Finalmente, precisamos entender que Deus oferece perdão, um testemunho limpo e restauração por meio de Jesus Cristo para todos os pecadores arrependidos, incluindo aqueles que têm um histórico de comportamento homossexual e outros pecados. Ele não somente nos perdoa por sermos propensos a abusar do seu dom do sexo e sexualidade, mas a sua graça verdadeiramente nos educa “para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente” (Tito 2.11-12). Isso não significa necessariamente que podemos fingir que não usamos o sexo como parte de nossa história ou que os desejos sexuais ilícitos não continuarão a nos incomodar ou ser uma fonte de tentação, mas isso significa que a graça de Deus nos dá poder para viver de modo transformado como seguidores de Jesus Cristo. Ele nos capacita a resistir à tentação e a viver para sua glória.

Cristo é mediador dessa graça e capacita os crentes; mas a igreja, o corpo de Cristo, também desempenha um papel crucial. Ouvi um pastor dizer: “O arrependimento mata aquilo que está me matando, sem matar a mim mesmo”. Eu não conheço alguém que possa fazer isso sozinho. Aprender a andar em obediência e a mortificar o nosso pecado e nossa natureza pecaminosa nunca é algo a ser tentado sozinho ou isoladamente. A mudança bíblica é uma atividade comunitária. O chamado da igreja é oferecer apoio e encorajamento àqueles que experimentam atrações pelo mesmo sexo e outras tentações sexuais. Caminhar com aqueles que são tentados dessa maneira significa que ajudamos a suportar os fardos das suas lutas e tentações, oferecendo amizade e companheirismo, e ajudando-os a crer pela primeira vez ou crer novamente no evangelho todos os dias. Isso é o que Cristo faz por nós e é o que precisamos fazer por outros que estão lidando com o pecado sexual. Ao fazer isso, também seremos lembrados de que nós também somos perdoados por nossas transgressões.

Extraído:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2017/01/lidando-de-forma-biblica-com-homossexualidade/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+voltemosaoevangelho+%28Voltemos+ao+Evangelho%29

Por: John Freeman. © Ligonier Ministries.Website: ligonier.org. Traduzido com permissão. Fonte: The Gospel Remedy for Homosexuality

Original: Lidando de forma bíblica com a homossexualidade. © Ministério Fiel. Website: MinisterioFiel.com.br. Todos os direitos reservados. Tradução: Camila Rebeca Teixeira.

Revisão: William Teixeira.


John Freeman é presidente da colheita EUA, um ministério reformado que ajuda indivíduos afetados pelo pecado sexual. Ele é autor de Hide or Seek: When Men Get Real with God about Sex.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Harry Emerson Fosdick, Martin Luther King... O Câncer do Liberalismo teológico.

  
Qualquer semelhança com nossos dias não é mera coincidência. A estratégia de pressão é sempre a mesma.


“Eu deveria ter vergonha de viver nesta geração e não ser um herege!” - Harry Emerson Fosdick
Harry Emerson Fosdick nasceu em Buffalo, Nova York, em 24 de Maio de 1878. Ainda menino ele afirmou ter nascido de novo, mas quando adolescente, se rebelou contra o movimento que foi denominado "nascer de novo", que era então conhecido como fundamentalista. Ele desenvolveu um interesse precoce por teologia e optou por seguir a formação ministerial na Colgate Divinity School, onde ele foi influenciado por William Newton Clarke, um dos primeiros defensores do evangelho social. Ao se formar a partir de Colgate, ele continuou no Union Theological Seminary. Em 1904, ele aceitou seu primeiro pastorado na Primeira Igreja Batista em Montclair, New Jersey, e quatro anos mais tarde, também aceitou um cargo docente no Union, onde permaneceu ensinando até 1946. Fosdick rapidamente provou ser um hábil comunicador e orador convincente, e não demorou muito até ele ser conhecido como o ministro mais importante da América.

Em 1919, Fosdick foi convidado para se tornar pastor associado na Primeira Igreja Presbiteriana em Nova York. Ele rapidamente ganhou uma reputação de ser uma voz de liderança no meio cristão, e centenas e depois milhares, foram para a Primeira igreja Presbiteriana em Nova York para ouvir seus sermões. Foi ali, em 21 de maio de 1922, que ele pregou o sermão que veio a definir toda a sua carreira e influência. Neste sermão, ele proclamou que havia uma grande batalha na igreja entre os fundamentalistas e os modernistas ou liberais, e que ele ia ficar firmemente do lado dos liberais. Por causa de seu desejo de modernizar a fé cristã, ele tranquilamente rejeitou a crença em uma série de doutrinas cristãs tradicionais, incluindo a infalibilidade e inerrância das Escrituras... ( Começou usar novas “chaves hermenêuticas”). Ele denunciou os fundamentalistas como sendo intolerantes por insistirem em pregar doutrinas que a ciência, a razão e um mundo moderno já não podiam sustentar. John D. Rockefeller ( Que foi o homem mais rico da história dos Estados Unidos ) – como era de se esperar, pois o erro sempre tem grande apoio, apreciou muito este sermão específico - tanto que ele mandou imprimir 130 mil exemplares e enviou para todos os pastores protestante no país.

Seu sermão definiu o que logo seria chamado de a controvérsia fundamentalista-modernista. Quando Fosdick lutou contra os fundamentalistas de sua época, ele lutou contra nada menos do que o Cristianismo Bíblico tradicional. Os fundamentalistas foram os que insistiam sobre os princípios básicos e históricos do cristianismo ortodoxo -  que defendiam as doutrinas fundamentais da fé. Uma das táticas do liberalismo – como hoje – sempre é chamar a Verdade bíblica de fundamentalismo...

Fosdick não foi o único teólogo liberal de sua época, mas ele foi o único a ganhar ampla aclamação e a plataforma mais ampla para difundi-lo. Enquanto muitos outros estavam pressionando o liberalismo teológico nos seminários e nos salões da academia, Fosdick estava nas ondas de rádio e nas livrarias - tendo a sua mensagem chegando às pessoas comuns. Sua voz se estendia longe através de seu programa de rádio, The National Vespers Hour, que era transmitido no Norte e Leste dos Estados Unidos, e também através de muitos livros best-sellers que eventualmente venderam na casa dos milhões. Em duas ocasiões distintas ele esteve na capa da revista Time.


Em meados da década de 1920, Fosdick havia se estabelecido como a principal voz do liberalismo do século XX. Sua posição em favor do liberalismo o colocou em desacordo com muitas das vozes conservadoras no presbiterianismo, e isso o levou a deixar a Primeira Igreja Presbiteriana em 1925, e ir para a Park Avenue Baptist Church.

No início dos anos 1920, J. Gresham Machen emergiu como um dos principais adversários do liberalismo. Seu livro de 1923, Cristianismo e Liberalismo -  foi uma resposta forte e bíblica, que comparou a teologia bíblica e liberal, e mostrou que as duas estavam em clara oposição. Ele, com razão, perguntou: "A questão não é se o Sr. Fosdick é um homem vencedor, mas se a coisa pela qual ele é chamado vencedor, é o cristianismo." Outros se juntaram à batalha também. Fosdick permaneceu firme declarando: “Eles me chamam de herege. Bem, eu sou um herege se a ortodoxia convencional é o padrão. Eu deveria ter vergonha de viver nesta geração e não ser um herege.”

Em 1929, Princeton, uma vez um bastião do pensamento e ensino Reformado, foi reorganizada sob as influências modernistas. Quase imediatamente, quatro professores que mantiveram a fé reformada (Robert Dick Wilson, J. Gresham Machen, Oswald T. Allis, e Cornelius Van Til) se retiraram de Princeton e estabeleceram o Seminário Teológico de Westminster, na Filadélfia, a fim de continuar a defender a fé que uma vez Princeton defendeu. Se a controvérsia fundamentalista-modernista foi iniciada com o sermão de Fosdick em 1922, efetivamente se instalou nas igrejas conservadoras em 1929, com a saída desses professores.

Rockefeller, com seu poderio econômico, construiu um grande edifício no Hudson, e em 1930 Fosdick foi empossado como pastor na Igreja Riverside. Ele seria pastor dessa congregação por 16 anos, e, após sua aposentadoria, permaneceu ali por mais de vinte e oito anos. Esta igreja tornou-se seu laboratório para o liberalismo - e foi ali que ele colocou em prática seus valores liberais ao máximo. (Abraçou causas sociais...)

Fosdick morreu em Nova York em 5 de outubro de 1969, duas semanas depois de ser hospitalizado por causa de um ataque cardíaco. Ele morreu aos 91 anos de idade.




Harry Emerson Fosdick não era um pensador original, mas um grande divulgador, que tomou a teoria do liberalismo a partir dos seminários e a trouxe para um nível comum. Ele queria modernizar a fé, tornando-a atraente e compatível com os tempos modernos e as sensibilidades modernas. Queria colocar a fé em sintonia com a cultura. No fundo, o liberalismo questionou a natureza da Bíblia e negou sua infalibilidade e autoridade. O liberalismo negou que a Bíblia fosse a Palavra de Deus e insistiu,  que ela apenas continha a Palavra de Deus ( Valeria só o que estivesse de acordo com a “chave hermenêutica” determinada por ele). Uma vez que a autoridade das Escrituras tinha sido negada, uma série de doutrinas necessariamente cairiam em seu rastro mortal.

Fosdick questionou as crenças essenciais necessárias para ser um cristão - e começou a desafiar crenças cristãs ortodoxas. Ele negou, por exemplo, a ira de Deus, sugerindo que a ira era simplesmente uma metáfora para as consequências naturais de se fazer algo errado. Com a ira removida, era inevitável que a expiação substitutiva de Jesus Cristo também fosse negada. A propiciação... Em pouco tempo, o “cristianismo” de Fosdick não se parecia em nada com o Cristianismo bíblico e histórico.

Em um sermão: "A Igreja deve ir além do Modernismo", Fosdick falou de sua metodologia na modernização da fé cristã, dizendo: “Nós já, em grande parte, ganhamos a batalha que começamos; ajustamos a fé cristã para a melhor inteligência de nossos dias, e ganhamos as mentes mais fortes e melhores habilidades das igrejas para o nosso lado. O fundamentalismo ainda está conosco, mas principalmente nos remansos. O futuro das igrejas, se vamos ter um, está nas mãos do modernismo.” Claro, ele estava muito otimista, e demasiado cego pelo seu próprio sucesso. O liberalismo representava um grande desafio para a fé, mas como todos os outros adversários, ele se levantaria mas não poderia vencê-la.

Se Fosdick foi o homem que popularizou e legitimou o liberalismo – muitos outros, especialmente aqueles que operavam no nível popular, seguiram seus passos. Homens como Norman Vincent Peale, Robert Schuller e John Shelby Spong estão entre eles. Martin Luther King Jr., um teólogo liberal em sua própria definição, considerava Fosdick como o maior pregador do século, e em 1958 assinou uma cópia do Stride Toward Freedom para Fosdick com estas palavras: “Se eu fosse chamado para selecionar os mais importantes profetas da nossa geração, eu escolheria você para liderar a lista”.

O que a Bíblia diz?

O ensinamento de Fosdick era falso em muitas áreas, mas o coração de tudo foi sua negação da infalibilidade e autoridade da Bíblia e a tentativa de tornar o cristianismo algo que a cultura pudesse abraçar como “relevante”. Ele elevou a razão humana acima das claras palavras da Escritura; ele fez da razão o árbitro final da verdade. Todas as outras doutrinas que ele negou, foi apenas consequência de primeiro ter minado a Bíblia. Cristãos há muito tempo insistiram, como os que foram chamados fundamentalistas nos dias de Fosdick, que a Palavra de Deus, não a razão humana, é a medida do verdadeiro conhecimento. Provérbios 3:5-7 diz: " Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Nossa compreensão de nós mesmos e do mundo que nos rodeia é falha; devemos depender de Deus para revelar o verdadeiro conhecimento.


Em sua segunda carta a Timóteo, Paulo advertiu: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” 2 Timóteo 4:3,4.


Fosdick queria fazer da fé cristã um calmante para aqueles comichão nos ouvidos da cultura em que vivia, e, ao fazê-lo, ele a distorceu diabolicamente. A realidade é que a fé cristã é, e sempre será ofensiva. Se removermos a ofensa do evangelho, nós removemos o poder do evangelho, removemos o próprio evangelho.

As palavras de Paulo aos Coríntios são perfeitamente adequadas para Fosdick e seu liberalismo tão sutilmente comum hoje entre nós:


“Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.” - 1 Coríntios 1:20-25

Extraído: http://www.josemarbessa.com/2016/12/harry-emerson-fosdick-martin-luther.html

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Como Entender...?


O Que é um Culto Reformado?

Por: Daniel R. Hyde

Por que o culto em uma igreja Reformada é tão diferente do culto da maioria das outras igrejas a que tenho ido?” Não posso dizer quantas vezes ouço visitantes fazerem essa pergunta. Tenho percebido que o que mais impressiona as pessoas a respeito de uma igreja Reformada, não é nossa doutrina, mas o nosso culto – que parece, a princípio, algo estranho e até mesmo frio para muitos.

Devemos explicações aos inquiridores sérios não somente sobre o que fazemos no culto, mas quanto ao por quê. A Bíblia exige que nosso culto seja racional.(1) Os filhos perguntavam para seus pais, quando celebravam a Páscoa, 3.500 anos atrás: “Que rito é este?” (Êx 12.26). Conquanto a adoração ao Deus Triuno seja profundamente transcendente e misteriosa, é necessário que seja compreensível. Isto foi o que o apóstolo Paulo ensinou em sua primeira carta aos Coríntios, quando disse que a pregação em línguas estranhas, comumente chamada de “línguas”, precisava ser interpretada para edificação daquela assembleia.

Este estudo tem o propósito de apresentar as bases do culto Reformado, de tal forma que você esteja preparado para explicar por que nós, igrejas Reformadas, temos o culto que temos. Faremos isso examinando sete características do culto Reformado: ele é bíblico, pactual, evangélico, histórico, alegre, litúrgico, e reverente.

1. O culto reformado é bíblico

Uma congregação da Palavra
Como igrejas Reformadas, fazemos o que fazemos no culto por causa das Santas Escrituras. Obviamente, toda igreja que crê na Bíblia hoje, diz: “Nosso culto é bíblico!” Afinal de contas, quem quer um culto não bíblico? Como cristãos reformados, somos diligentes em glorificar nosso Deus zeloso da forma como ele nos ordenou. Esta é a razão de dizermos que nosso culto é bíblico. Contudo, o que isso significa? Com o que este culto se parece?

Primeiro, a Escritura descreve a Igreja como uma comunidade de fé. Porque o Espírito Santo cria e forma a fé pela Palavra (Rm 10.17), ouça como o Apóstolo Paulo, em suas epístolas pastorais, fala da Igreja como sempre aprendendo e sempre ensinando o seguinte: palavras da fé (1Tm 4.6), sã doutrina (1 Tm 1.10; Tt 1.9; 2.1), ensino sadio (2Tm 4.3), sãs palavras (1Tm 6.3; 2Tm 1.13), a boa doutrina (1Tm 4.6), o bom depósito (2Tm 1.14) o mistério da fé (1Tm 3.9) e a palavra fiel (Tt 1.9). Com o fim de aprender essas “palavras de fé” e ter a palavra de Cristo habitando ricamente em nós (Cl 3.16), nos reunimos em uma comunidade, como  Israel fez no deserto depois de sair do Egito. A história do livro do Êxodo mostra a igreja do Antigo Testamento reunindo-se ao pé do Monte Sinai em adoração. Nós, como povo da Nova Aliança de Deus, reunimo-nos em adoração e chegamos ao “monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial” (Hb 12.22).

Por isso, a marca do Culto Reformado é sua saturação das Escrituras. Os cultos em Estrasburgo, Genebra, Heidelberg, e o Livro Comum de Orações na Inglaterra estão repletos de textos das Escrituras e alusões escriturísticas. Em tempos de analfabetismo bíblico, precisamos de um culto cheio das Escrituras, com uma linguagem escriturística em cada aspecto, das leituras responsivas e cânticos, às orações e leituras bíblicas propriamente ditas. Como alguém já disse: “Não teremos Jesus Cristo no centro do nosso culto se a Palavra dele não estiver no centro”.(2)  Robert Godfrey também pergunta: “Se não estamos interessados na Palavra de Deus, poderemos estar realmente interessados em Deus?”.(3) Portanto, em nosso culto de adoração temos de ler, pregar, orar, cantar e ver, nos sacramentos, a Palavra.

Além do mais, necessitamos de base escriturística para o culto porque a Escritura nos ensina a estrita ligação da Palavra com o Espírito de Deus. A Bíblia desconhece a falsa dicotomia entre uma igreja que foca na Palavra e outra no Espírito, como se ambos fossem mutuamente excludentes. Ao invés disso, o que aprendemos da Escritura (Sl 33.6; Is 34.16; 59.21; 61.1; Jo 3.34, 6.63; Tg 1.18; 1Pe 1.23) é que onde a Palavra está, ali está o Espírito.
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Extrato do livro "O que é um culto Reformado", Ed. Os Puritanos, 2012, p.13, 15, 16. À venda na CLIRE e Amazon (https://www.amazon.com.br/dp/B00IZEH2T0).
Rev. Daniel R. Hyde é pastor da Oceanside United Reformed Church, Oceanside, CA, USA, que faz parte da United Reformed Churches in North America (URCNA); recebeu o M.Div., Master of Divinity pelo Westminster Seminary California, 2000 e o Th.M., Master of Theology pelo Puritan Reformed Theological Seminary, 2010
(1) Para uma introdução extremamente breve aos princípios e práticas do culto Reformado escrita para não-cristãos ou recém-chegados na igreja Reformada, ver Daniel R. Hyde, What to Expect in Reformed Worship: A Visitor’s Guide (Eugene: Wipf & Stock, 2007).
(2) Mark Ashton with C. J. Davis, “Following in Cranmer’s Footsteps,” in Worship by the Book, org. D. A. Carson (Grand Rapids: Zondervan, 2002), p. 82.
  Robert Godfrey, Pleasing God in Our Worship, Today’s Issues, org. James Montgomery Boice (Wheaton: Crossway Books, 1999), p. 32.
(3) Robert Godfrey, Pleasing God in Our Worship, Today’s Issues, org. James Montgomery Boice (Wheaton: Crossway Books, 1999), p. 32.



Uma das canções mais amadas dos cristãos cantadas durante a época de Natal é a de William C. Dix, “What child is this?” (“que criança é essa?”). Como poucas canções, a letra dessa composição nos leva a contemplar a identidade, a pessoa e a obra do bebê na manjedoura. Na verdade, ainda que de forma gentil, mas também persistentemente, força-nos a responder à pergunta: essa criança é realmente um bebê santo ou apenas um bebê para feriados e comemorações?

Quando pensamos sobre essa questão, a maioria das nossas reflexões se detêm nos anúncios do nascimento nos Evangelhos de Mateus e de Lucas. Estas passagens certamente têm seu lugar. Nesta série, contudo, vamos considerar o Natal de acordo com o apóstolo Paulo. Sim, até mesmo o apóstolo reflete sobre as maravilhas do nascimento de Jesus, e ele o faz em Gálatas 4.4-5.

(4) vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, 

(5) para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.

O apóstolo Paulo nos diz seis coisas extraordinárias sobre Cristo ao nos responder à pergunta que a canção nos propõe. Nessa nossa primeira parte de uma série de três textos, vamos considerar duas dessas verdades.

Em primeiro lugar, perceba que, de acordo com o apóstolo, Jesus é o Filho pelo qual todo o tempo havia esperado. As palavras de Paulo nos levam a refletir sobre o momento da aparição de Cristo no mundo: “vindo, porém, a plenitude do tempo”. O momento em que Jesus veio é dito como o tempo em seu ponto máximo, uma ocasião única em que todas as partes da história que teriam de ocorrer, de fato, ocorreram. Todo e cada detalhe que deveria ter acontecido agora estava em seu lugar. 

Claramente, Paulo quer que percebamos que o momento do aparecimento histórico do Filho do Pai foi algo acordado e estabelecido entre o Pai e o Filho desde a eternidade. O apóstolo Pedro acrescenta que o momento da chegada do Filho era uma data que os profetas do passado diligentemente investigaram, que lhes fora revelada e predita por eles (1Pedro 1.10-12). Essas palavras, então, geram em nós a percepção de que o momento do nascimento de Cristo foi de acordo com a determinação de Deus, que, desde toda a eternidade, pelo mui sábio e santo conselho de sua própria vontade, livre e imutavelmente, ordenou tudo o que acontece. Cristo não poderia ter nascido mais cedo, nem mais tarde.

Portanto, se o nascimento de Jesus ocorreu na plenitude do tempo, como é essa plenitude? Podemos resumi-la em quatro características. Foi um tempo de preparação política. O Império Romano trouxera a pax Romana (“paz de Roma”) para o mundo então conhecido e, assim, o mundo se uniu como nunca antes (cf. Lucas 2.1). Foi um tempo de preparação econômica. Os romanos haviam construído um bom sistema de transporte, focado em cinco rodovias principais que saiam de Roma para destinos no mundo antigo (cf. Colossenses 1.23). Foi um tempo de preparação cultural. A língua grega se tornara o meio de comércio, cultura e filosofia (ou seja, a língua franca), e assim era possível que o evangelho e a literatura do evangelho atingissem um público universal. E, finalmente, foi um tempo de preparação religiosa. A fome da alma, individual e social, viera sobre o mundo. O fracasso do paganismo e até mesmo do judaísmo, junto com um renascimento das esperanças messiânicas, caracterizava grande parte do mundo antigo. Assim, em sua frase “vindo a plenitude dos tempos”, o apóstolo Paulo nos aponta para o fato de que, politicamente, economicamente, culturalmente e religiosamente falando, a história fora orquestrada pelo Deus único e verdadeiro. Em particular, pela sua singular soberania e providência, as histórias de Roma e Jerusalém, que figuraram tão proeminentemente na estada do nosso Senhor na terra, convergiram. A data marcada para a chegada do Filho do Pai veio na hora certa.

Quem é esta criança na manjedoura, então? É a criança por quem todo o tempo havia esperado.

Em segundo lugar, as palavras do apóstolo em Gálatas 4.4-5 nos dizem que criança é essa quando ele diz que Jesus é o Filho “nascido de mulher”. Com estas palavras, Paulo começa a refletir sobre as circunstâncias de seu nascimento, que por sua vez dirige nossa atenção para a humilhação do glorioso Filho eterno. Em acordo com profecias como as de Gênesis 3.15 e Isaías 7.14, o Filho nasceu de uma mulher. Ele era, portanto, totalmente humano, bem como plenamente divino, o único Deus-homem. O Filho de Deus foi enviado para ser um conosco em nossa humanidade.

Mas há mais nessa expressão “nascido de mulher”. Veja, o apóstolo conhece a história do nascimento de Jesus. Naquele tempo, era costume falar de “nascer de um homem”, um costume de que as genealogias da época testemunham – exceto a de Jesus. Ele nasceu de uma mulher; na verdade, de uma virgem, como predito pelo profeta Isaías. Esta criança nasceu sem um homem, nascido de uma mulher, o Filho de Deus Pai.

No entanto, “nascido de mulher” nos diz ainda mais sobre esta criança. Ele não foi apenas feito e formado “na mulher”, mas “de mulher”. Isto é, ele nasceu de sua carne e sangue, e participou deles. Essa é a primeira circunstância de seu nascimento a que o apóstolo chama a nossa atenção ao refletir sobre o esvaziamento e grande humilhação do Filho do Pai.

Que criança é essa, então? É o Filho que nasceu de uma mulher, assim como era o filho por quem todo o tempo havia esperado.

Por: R. Fowler White. © 2016 Ligonier. Original: Christmas According to the Apostle Paul – Gal 4:4-5 (Part 1 of 3)

Tradução: João Paulo Aragão da Guia Oliveira.  Revisão: Yago Martins. © 2016 Ministério Fiel. Todos os direitos reservados. Website: MinisterioFiel.com.br. Original: O Natal segundo o apóstolo Paulo – Gálatas 4.4-5 (Parte 1 de 3)

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Extraído:  http://voltemosaoevangelho.com/blog/2016/12/o-natal-segundo-o-apostolo-paulo-galatas-4-4-5-parte-13/

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Jovens que Cansaram dos Pastores Perfomáticos e suas Doutrinas Heréticas


No artigo anterior expliquei por A + B que existe um mito na igreja evangélica brasileira de que jovens não gostam de teologia. Na verdade, pela graça de Deus, cada vez mais adolescentes e jovens tem sido despertados pelo Senhor para conhecerem as Escrituras. 

Pois é, o fato em questão tem contribuido em parte para o desespero de alguns pastores disseminadores de heresias, isto porque, em virtude do crescimento teológico da juventude, não tem conseguido iludi-los com suas falsas doutrinas.

Eu particularmente tenho recebido inúmeros emails, inbox e twitters de jovens que cansaram do blá-blá-blá dos apedeutas da fé. Na verdade, a rapaziada outrora manipulada pelos achismos dos apóstolos da modernidade, em virtude do descobrimento da teologia já não engole mais os graves desvios doutrinários defendido por essa gente.

Outro dia, eu recebi um email de um irmão em Cristo, líder de jovens de uma comunidade cristã dizendo que estava cansado de viver numa "terra" que de nova não tinha nada. Na verdade, dize-me ele, que ao confrontar os ensinos apostólicos do seu pastor com as Escrituras, descobriu que essa "terra" era velha, e que as heresias defendidas pelo dito cujo, há muito tinham sido condenadas pela igreja. 

Se não bastasse casos deste naipe, uma galera significativa tem desistido do gospel voltando as Escrituras. Volta e meia eu tenho recebido emails de jovens dizendo-se cansados dos jargões evangélicos, da venda das indulgências modernas, da teologia da prosperidade e da confissão positiva. 

Caro leitor, ver jovens desejosos em crescer no conhecimento do Senhor e na teologia me enche o coração de esperança. 

Verdadeiramente  tenho estado alegre por ver crentes em Jesus, abandonando os falsos ensinos de apóstolos perniciosos  dedicando assim seu precioso tempo no estudo das verdades inquestionáveis da fé cristã.

Ainda há esperança para a Igreja Brasileira.

Soli Deo Gloria

Renato Vargens