sexta-feira, 8 de maio de 2015




Eu não poderia dar uma definição melhor do que a que está expressa nestas palavras de Isaías: "Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e inteligentes na sua própria opinião!" Humanismo é a crença na humanidade. E o interesse ape¬nas nos homens e mulheres, sem levar Deus em consideração. Ele exclui Deus porque crê que os seres humanos são suficientes em si mesmos. Esta é a verdadeira essência do Humanismo. O homem é o centro do universo, e não há nada maior nem mais grandioso.

Existem dois tipos principais de Humanismo: o que é chamado de "Humanismo clássico", o que significa que para sua direção na vida e entendimento da mesma você não vai à Bíblia, mas retorna à literatura, à filosofia, ao drama e à poesia gregos. Os humanistas clássicos são pessoas que estudam os grandes autores gregos e conduzem sua vida de acordo com seus ensinos.

Não é função do ensino cristão desacreditar os gregos. Eles foram realmente grandes homens. O Humanismo, porém, clássico ensina que não há nada além deles, e que se você desejar sabedoria deve retroceder ao pensamento e à meditação dessas mentes gigantes do passado. Você os estuda e raciocina com eles, e tenta entender o que pensavam e o que nos deixaram. Procura, então, pôr aquilo em prática. Este é, no mundo presente, o modo de viver uma vida boa e harmoniosa.

A outra forma que o Humanismo toma é a conhecida como "Humanismo científico". O clássico representa o poético, o filosófico, e assim por diante. Por outro lado existe a perspectiva científica, a abordagem que diz que a resposta para os problemas do mundo não virá da filosofia grega ou poética mas da percepção científica de todo o universo, incluindo os seres humanos.

Este é o mais moderno dos dois tipos de Humanismo. Ele reivindica ser novo porque as descobertas são, no mínimo, comparativamente recentes, retrocedendo pouco menos que uns 400 anos, no máximo. Ao investigar os mistérios do universo e sua constituição, você descobre a verdade científica sobre a vida, e, a partir daí, começa a trabalhar seu próprio esquema de vida.

Temos que examinar isso porque, aqui em Isaías, está dito que esta confiança na sabedoria humana leva ao "ai". Mas vamos ser claros sobre isso. Não é parte da argumentação pró-evangelho pregar a desvalorização do intelecto. Na verdade, isto é o oposto do ensino do Evangelho. O Evangelho dá muito valor ao intelecto. Que ninguém pense que o que Isaías quer dizer é que não há nenhum valor em se ter um cérebro, ou na habilidade em usá-lo, ou no entendimento, no poder da razão, e assim por diante. Não se trata disso. Não há nada errado com o intelecto ou com o saber em si. Na verdade, a Bíblia diz-nos que o mais alto dom que Deus deu a homens e mulheres no campo dos talentos - não estou falando da alma e do espírito, mas de dons, - é o da mente, da razão e do entendimento.

O que é verdadeiramente maravilhoso sobre os seres humanos é que eles podem contemplar-se a si mesmos, analisar-se, avaliar-se e criticar-se a si próprios. Este é um tremendo dom, segundo a Bíblia, dado por Deus. Então, não devemos dizer nada que desvalorize o intelecto, a razão ou a mente. O pregador cristão não é apenas um sentimentalista ou um obscurantista. Não é apenas um homem que conta histórias e tenta divertir as pessoas. Ele está aqui para raciocinar com elas, porque Deus lhe deu uma mente para ser usada. Mas, como vou mostrar, a verdadeira explicação para o problema do mundo é o fato de que as mentes se corromperam, e o homem não sabe como usá-la adequadamente.

Qual é, então, a atitude da Bíblia com relação ao Humanismo? E que, conquanto esteja tudo certo com a mente, o entendimento e a razão, o erro das pessoas está em colocarem sua confiança na mente. Elas têm tanto orgulho dela que começam a adorá-la. Pensam que é suficiente em si mesma, e nada além é necessário. O problema tem início quando começam a se gabar da razão e a acreditar que, com sua mente, podem envolver o cosmos inteiro. Esta afirmativa de Isaías define perfeitamente essa questão - "Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos." Eles se colocaram num pedestal. "Olhe para mim" - dizem -, "não sou mesmo maravilhoso?" "Sábios a seus próprios olhos, e inteligentes na sua própria opinião." Não há nada errado em ser sábio, mas, se você for sábio a seus próprios olhos, estará em uma situação muito perigosa. É excelente ser inteligente, mas, se você for inteligente na sua própria opinião, estará sob a condenação proferida pelo profeta.

Eu creio que isto ficou claro. Longe de querer dizer que não há valor no intelecto, o que desejo é usar o pouco que tenho, e vou pedir-lhe que faça o mesmo!

Por que Deus pronuncia um "ai" sobre aqueles que são sábios a seus próprios olhos, e adoram seu cérebro e entendimento: os humanistas? A primeira resposta é a de que esta é a própria essência de seus problemas e males; esta é a causa principal de todos os males da raça humana. Leia a Bíblia e verá que ela diz que este foi seu pecado original, e assim tem sido desde então. A tentação que primeiro veio ao homem e à mulher, como já vimos, foi: "Será que Deus disse?" (Gênesis, 3:1). Em outras palavras: Será que Deus está tentando reprimi-lo? Estará tentando colocar-se entre você e o conhecimento do bem e do mal? Será que está buscando esconder algo de você?

"Está" - disse o diabo -, "porque ele sabe que, se vocês comerem do fruto, vocês serão deuses, terão entendimento, saberão tudo, serão iguais a ele."


Este foi o primeiro pecado do homem, e tem sido a causa de todos os males subseqüentes.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Geração Adoradora???

Por Suzy




O parâmetro que podemos avaliar o quanto uma geração é conhecedora de Deus, e de seus atributos se faz através do que ela canta e como ora, percebe-se em seus cantos e orações o seu conceito de Deus. 
Existe adoração quando a centralidade do culto estar no homem e não no Senhor? Ou seja, a inversão de valores hoje está explícita, escancarada de forma grotesca causando repúdio tal vitupério a soberania de Deus. O que vemos hoje é a divinização do homem sobre a humanização de Deus, quão diferente é do que encontramos nos textos bíblicos:

"E orei ao Senhor, meu Deus e confessei e disse: Ah! Senhor! Deus grande e tremendo, que guardas o concerto e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos;
Pecamos, e cometemos iniquidade, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos"(Daniel 9:4-5), como dizer-se culpado, pois não há mais culpa nessa geração, todos seus pecados já não são mais pecados e sim distúrbios adquiridos;

" E disse: Meu Deus! estou confuso e envergonhado, para levantar a ti minha face, meu Deus, porque as nossas iniquidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até os céus.
Desde os dias de nossos pais até o dia de hoje, estamos em grande culpa e, por causa das nossas iniquidades, fomos entregues, nós, os nossos reis e os nossos sacerdotes, na mão dos reis das terras, à espada, ao cativeiro, ao roubo, e à confusão do rosto, como hoje se vê."(Esdras 9:6-7)mais uma vez encontramos uma genuína confissão de culpa, e no prosseguir do capítulo, a necessidade de não só confessá-lo, mas de extinguir  para que seja restabelecida a presença do Senhor no meio de seu povo;

"Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior; para que Cristo habite, pela fé, nos vossos corações, a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura e, o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda plenitude de Deus.

Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém" . (Efésios 3:14-21), segundo Paulo: a hegemonia do evangelho é centrado na pessoa de Cristo Jesus, desta forma a igreja terá poder de ser cheia da plenitude de Deus,  por gerações e gerações, sobre os séculos dos séculos.

E, que concepção de Deus tinha os pais da igreja, reformadores e puritanos, vejamos mediante a algumas de suas orações:


"A ti, Deus, louvamos. A ti, Senhor,testemunhamos.A ti, Pai eterno, digno de toda a adoração, honramos.Teus são todos os anjos, todos os céus,todos os poderes. A ti glorificam querubins e serafins.Santo, santo, santo, Senhor Deus dos exércitos celestiais!" (Oração litúrgica do 3. século)


"Quem chegará a ti? O espírito pesquisador, com todo o seu cismar, não o conseguirá. À tua presença só chega a fé em teu Filho Jesus Cristo, tua verdade, nossa vida." (Efram o Sírio,306-373)


"Pai, concede-nos sabedoria para te conhecer,zelo para te buscar, um coração disposto a meditar sobre ti, uma vida disposta a anunciar-te, no poder do Espírito do nosso Senhor Jesus Cristo".(Ambrósio, bispo de Milão, 4. século)




"Voltar as costas a ti significa cair. Voltar o rosto a ti significa ressurgir.Viver em ti dá refúgio eterno. Em todas as nossas tarefas queiras dar-nos o teu apoio, em toda a nossa insegurança
queiras guiar-nos, em todo sofrimento dar-nos a tua paz."
(Santo Agostinho, 354-430)

"Meu Deus e Senhor, tu és minha esperança.Dá que nesta vida cresça meu conhecimento de ti , para ser consumado na vida eterna.Dá que aqui cresça meu amor a ti e que lá chegue à maturidade, a fim de que minha alegria nesta vida seja grande na esperança. Na vida eterna, porém, seja perfeita na tua glória." (Anselmo de Cantuária, 1033-1109)



"Senhor, não queremos deixar-nos vencer por pânico algum. Antes queremos viver como pessoas que sabem de um conforto totalmente diferente, um conforto superior àquele que o mundo possui. Outros se fiam em seu poder e fortuna terrenos. Nós, porém, queremos ter nosso consolo em ter um Deus
que certamente nos assistirá." (Martim Lutero, Reformador, 1483-1546)


Para que essa geração venha ser verdadeiramente adoradora, é necessário um retorno ao verdadeiro evangelho, o evangelho teocêntrico e não antropocêntrico dos dias atuais.

Soli Deo Gloria,